terça-feira, 5 de junho de 2018

O que estou a fazer?
Olho para os objetos à minha volta, dispersos. A câmara, um guarda-chuva, uns papéis, uns cartões e uma ferramenta estranha ocupam lugares sem sentido, noção ou lógica na mesa. Sinto-me como se também eu, com os meus cotovelos e antebraços pousados sobre o tampo, protegido pela toalha, fossem um desses objetos, dispostos aleatóriamente sobre a mesa. Como se a mesa pudesse representar o mundo e eu aqui, disposta sem lógica ou motivo de ser, sem utilidade atual.

Apercebi-me que estava zangada. Será que vou ficar zangada para sempre? E odeio-me por quase tudo o que produzi nos últimos meses. Parece que estou a escrever um livro de auto-ajuda para mim mesma, inútil (um sorriso esboça-se no meu rosto). Eu sou uma idiota.

E sempre que pego na caneta e no lápis para escrever não me sai nada. Já nem isso sei fazer. Comprei um caderno novo e para além de páginas em branco sem nexo, há também as minhas "maravilhosas" criações - rabiscos/desenhos estranhos e palavras soltas.

Não disse nada ainda mas estive de viagem. Nem disso falei. É estranho dizer que a minha parte preferida foi quando fomos aos museus ver obras? 

Pareço uma atrasada (sorriso, outra vez).

Aquela pergunta que eu faço questão de responder sempre em cada entrada, apesar de ninguém me perguntar - "Estás feliz Joana?":
- Eu não faço puta de ideia. (sorriso)

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