Noite. Meia.

Acho que esta primeira linha nunca fez tanto sentido na vida: Noite. Meia.

Ainda bem que estou a trabalhar, ainda bem que estou a preparar-me para mais um objetivo.

Acho que vou mesmo viajar.

Tenho medo de ir sozinha, porém já pensei em ir acompanhada e não sei o que me assusta mais: estar sozinha ou estar sem poder tomar as minhas próprias decisões em todos os paços que der. Está na altura de deixar de ser maricas. Tenho todo um universo á minha espera, coisas que quero fazer e aprender.

Hoje decidi que caguei na história de estar com alguém. Decidi que estava noutra. Não tenho paciência para todas as cedências que estão a exigir que faça, gosto do meio termo do meu próprio descontrolo (aquele que não o total). Acho que andei demasiado preocupada em arranjar alguém nestes últimos tempos e até me estou a apegar a esse alguém, mas não consigo lidar com os "quês" que me são exigidos. Gosto desta linha feita por mim. E sei que não consigo estar a 100% com ele. Sei que se um dia estou apaixonada e sinto o meu peito pesado, e me apetece deitar no colo dele a apanhar sol e a dar-lhe beijinhos, a perder-me no seu olhar, no dia a seguir não consigo deixar sequer que me toque ou que fale comigo e, mais, sei que o vou magoar se continuar nesta inconstância permanente. Creio que isto quer dizer que não estou pronta a assumir grandes responsabilidades face a tudo isto, e daí achar que a minha maior prioridade neste momento é a de dar um rumo ao meu futuro, criar objetivos a curto prazo (1-2 meses) pois só assim conseguirei firmar em mim mesma o que realmente quero. O trabalho é isso mesmo - objetivo a curto prazo - arranjar o maior valor monetário no minimo tempo possível e aprender a fazer melhor nesse mesmo trabalho, para poder voltar a trabalhar e a ganhar skills.