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13 de Dezembro

6:51 AM

Ontem tive um mental break down à noite. Acho que se deveu à incapacidade de o meu cérebro olhar para as coisas positivas na maior parte do tempo. Eu sou algo negativista, a obscuridade torna-se por vezes um caminho demasiado fácil de ser seguido. Porém olho agora para esses dilemas com olhos de quem os quer ignorar, ontem tive na verdade um dia espetacular daqueles que não acontecem todos os dias, fomos para casa do André em vez de ir para a aula de MKT, em vez de estudar começamos a mandar molas uns aos outros, não podia haver brincadeira mais idiota. Acho que me faz tão bem estar com eles, faz-me tão bem estes disparates, adoro cada vez mais aquele mini grupo qhe criamos, aquela força unida na tristeza e no desespero pre-exame, os disparates que me retornam a um nível de felicidade intenso que eu não desejo trocar por nada do mundo.

6:39 PM

Cheguei à umas horas a casa e tenho de ir estudar um bocadinho de Espanhol. Hoje tive aula de piscina e apareci de biquini à frente da turma toda. Não sei se foi progresso ou não.

Ando para aqui à espera que a minha perna recupere para poder treinar perna o mais depressa possível. Acho que a Ornelas me vai arranjar trabalho para o fim de semana, vamos ver se faço finalmente uns trocos. Aproxima-se o natal, não estou nada com espirito, só me apetece ir sair e ir divertir-me, em vez disso estou aqui a estudar baahh ahahah tem de ser este ano tem de ser passado e ponto.

11:01 PM

O João mandou-me à pouco uma mensagem para falar comigo. Fiquei durante momentos a indagar se valeria a pena responder-lhe. Calculo porém que queira pedir desculpa pela maneira como as coisas correram, talvez saiba que nem tudo foi feito da melhor maneira possível e está agora à procura de algum conforto no ato de pedir desculpa. Mas a verdade é que eu não sinto que ele tenha de pedir desculpa, como já disse várias vezes ele não tem culpa de nada, as coisas passaram-se porque se tinham de passar, para o bem e para o mal, se ele me tratou menos bem é porque as coisas assim foram e ainda bem que foram. Nós não podemos estar a focar-nos no que já passou. O que passou são águas passadas e fez parte e agora já não faz, cada um seguiu com a sua vida naturalmente e isso só é bom. Fomos mais um rapaz e mais uma rapariga na vida um do outro e a partir daí teremos pano para mangas de experiências para viver. Estamos ambos tão melhor assim, eu pelo menos, ando tão mais feliz, menos preocupada, tenho mais para dar aos meus amigos e mais para dar a mim própria e estou-me a divertir ao voltar ao mundo dos encontros e de conhecer pessoas novas e reencontrar pessoas velhas. Estar numa relação tornou-se uma prisão para ambos e já não há nada que pedir desculpa, pois já não há nada que desculpar. Assim como surgiu, a nossa relação deixou de existir  e com essa nova não existência apagam-se as coisas boas e as  coisas más, porque tal como se apagam essas coisas também se ganham coisas novas.