sábado, 14 de março de 2015

About some random night...

Aquelas noites em que se o arrependimento matasse já estava morta. Vodka, Whisky, cerveja, shots, copo após copo. Sinto a necessidade que alguém me abrace, me diga que está tudo bem que o que fiz ninguém julga. Que tudo o que eu fiz os outros também fizeram. A questão aqui é que eu me sinto abusada. Eu não estava consciente, eu não sei o que fiz. As partes boas da noite são toldadas pela falta de auto-respeito e discernimento que o álcool me proporcionou. Eu não sabia o que queria ou o que estava a fazer. Não era eu, não estava em mim, não sou assim. E não senti nada. Eu nunca sinto, nem bêbeda. Fiz aquilo porque queria saber como era, estava cansada, precisava de um abraço e de adormecer. Mas se dissessem para me atirar da ponte eu acho que me atirava. Lembro-me do cheiro, do riso, de sentir tremer. Não me lembro da cara, só das pequenas sensações que os meus sentidos básicos me transmitiram. Eu só queria cuidar das pessoas, ajudá-las. Lembro-me disso. Queria fazer todos sentirem-se melhor. Não queria sair prejudicada. 
Dentro daquela dormência de espírito que o meu corpo me dava estava eu. bem escondida no meio daquelas substâncias todas estava a Joana e a minha voz interior dizia-me que não, dizia-me que tinha de ir ter com a minha amiga. O meu corpo dizia o contrário, Expressava-se de forma muito descontrolada. Punha necessidades fisiológicas à frente da moralidade e do conforto emocional. Gostava só de poder esquecer. Estava tão bem. Estava tão bem e de repente ficou tudo péssimo. Que embaraço. Vou ler um livro tentar esquecer e amanhã volto à minha vida. Volto ao meu exercício e aos meus cuidados

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