sábado, 21 de março de 2015

Sábado em Paz

Tenho direito à minha felicidade. 
Eu posso e eu quero ser feliz porque eu mereço.
Ser dada ás coisas da vida, ser imperfeita, mas encontrar jeito de fazer das imperfeições um caminho e uma forma de alcançar aceitação e de gostar desses defeitos.
Café forte e torrado no sol quente do frio inverno. Uma viagem veranil ao pôr do sol refrescada por uma janela aberta e por uma paisagem seca cheia de oliveiras.
São os meus bons momentos de felicidade. São as utopias espirituais concretizáveis que eu guardo e elevo à perfeição. Memórias antigas que se os meus olhos se cerrarem se tornam sensações explosivas. Sensações literalmente tangíveis. Lugares e momentos que parecem vir de sonhos mas que afinal são tão reais como eu. 
Lembro-me de correr na praia vazia em fato de banho, tão à vontade que era quase como se o meu organismo estivesse entregue à embriaguez da emoção. Tanta liberdade. Céu azul, mar esverdeado, areia branca. Companhia da menina que representa a criança que há em mim. Essa criança que vive no meu próprio eu é a pessoa mais feliz que eu já conheci. Ela gosta de espernear e de cantar, gosta de correr rumo à liberdade. Não tem papas ou mal na língua. Só quer ser feliz. Só sabe ser feliz.

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