terça-feira, 20 de junho de 2017

Hoje saí de casa cedo, estava mais fresco. Saí de casa num estado de contentamento pouco usual. Sinto-me diferente. Já estava à espera de me sentir diferente, mas não desta forma. Tenho novidades. Mas não sei se estou pronta para as oficializar, até ter tudo assinado não quero fazer festas demasiado grandes. Não quero acreditar por enquanto.
Macau foi tão bom. E sei que quero viajar até ao fim dos meus dias e construir a minha vida com base nessa descoberta profunda, sinto que rebentei com toda a minha definição pessoal do Eu e que sou uma pessoa totalmente nova. Estou feliz. Estou tão feliz finalmente. Tudo me parece bonito, até neste calor dos infernos. Até na solidão da minha casa, no silêncio do dia agitado, nos não existentes objetivos concretos. Estou a aproveitar cada canto da casa, cada charme da minha cidade enquanto é tempo. Quero recolher todas as memórias que tenho desta minha vida para que quando surjam as saudades as possa consultar e apreciar. É tudo o que quero neste momento. Olhar para tudo como se fosse a última vez, sem me esquecer que o que realmente quero na vida está mais longe do que elas, vai valer mais, memórias serão sempre memórias e vou ter sempre as minhas coisas, e agora não é hora de as ter.

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