quarta-feira, 7 de junho de 2017

Esta semana mandei mensagem ao João a dizer o que sentia. Ultimamente tenho tido tantas certezas em relação a mim mesma que estava finalmente na altura de podermos simplesmente aceitar a existência um do outro. Voltei a mandar-lhe mensagem hoje porque sinto uma grande vontade de resolver tudo, colocar o branco sobre o preto e deixar o contraste clarear a minha cabeça. Ao mandar-lhe mensagem tenho um pouco de receio que o leve a pensar que não o esqueci e que ainda mexe comigo. Mas já passou demasiado tempo.  Não sei se estou à procura de uma amizade, mas acho que talvez sim. Não que ele seja grande amigo, porque não é. Nem boa pessoa. Nem sei se valerá muito a pena como pessoa honestamente, tirando a nível intelectual e poder de conversação, não existe mais nada que faça dele um bom amigo. É simplesmente a pessoa certa para se ter uma conversa de café sobre cultura geral. Mas tirando isto, há uns meses fiz uma lista de perguntas. Perguntas para as quais não tenho realmente uma resposta e sinto que finalmente estou pronta para ter pelo menos uma visão mais apurada das coisas. Preciso dessas respostas. Fechei e deitei fora a caixa do sotão, que na verdade deixou de mexer comigo de que maneira for, preciso só de limpar o pó que ela fez, mandá-lo [o pó] embora, deixar aquele espaço, onde estava aquela caixa, incólume e tranquilamente em harmonia com todo o sotão que está tão arrumado neste momento, tão certo, tão bem encaminhado... Ele não me está a responder, claro, valores mais altos se levantam, porém gostava de limar as arestas antes de partir para Macau. Sinto que vou abrir todo um horizonte a partir de amanhã quando for, e preciso de virar as costas de uma maneira correta a todo o horizonte que envolveu um dia aquele rapaz, quiçá transpô-lo para este novo modelo com a quase indiferença que sinto relativamente à sua pessoa neste momento. 

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