Ontem finalmente entreguei o relatório final de projeto. Ao bater da meia noite, um sorriso no meu rosto ali ficou preso, imóvel, imutável. A sensação de alivío e de luta até ao último segundo possível encheu o meu espírito. Passei por dois semestres infernais em todos os sentidos possíveis e imaginários, chorei muito mais do que alguma vez na vida, ri muito mais do que alguma vez ri na vida. Tive dúvidas, algumas delas nunca ficaram esclarecidas. Sei mais sobre mim do que sabia antes. Sei mais sobre o que quero realmente, que é tudo o que eu não quero realmente. Aprendi a voltar a mim, aprendi a deixar a loucura que me carateriza encarregar-se de ocupar todo o meu ser e dei o meu melhor em tudo o que fiz. Trabalhei como quis, em cima da hora, na pressão das pressões, tal como gosto, tal como quero. Não estou realmente à procura de felicidade, estou a encontrá-la.
Apetece-me chorar neste momento. Chorar porque estou feliz. Chorar porque finalmente adoro a minha vida, adoro as coisas que faço e estou completamente apaixonada por tudo o que me envolve. Chorar, porque mais uma vez provei que eu posso fazer tudo o que quiser, alcançar tudo o que me propuser. Sempre soube o que me faz realmente entrar no contentamento. Quero sair, numa altura apreciativa, onde possa ver o sol a pôr-se e o dia congelando pouco-a-pouco. Quero encostar a cabeça no vidro do carro, em silêncio, quero ouvir música no rádio sem ter de fazer conversa, quero abrir a janela e colocar a mão de fora, a sentir o vento. Quero chegar à cama com um sentimento de que fui produtiva. Exclui as ambições e desejos. Exclui um mar de coisas.
Tenho viagem marcada para Hong Kong.
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