segunda-feira, 17 de abril de 2017

O Nada e a indefinição que não precisa de ser definida

Sinto-me bem. Simplesmente bem. Não estava nada á espera disto, de me sentir assim. Por momentos pensei que talvez fosse ficar mal, não pensei de todo reagir desta maneira. Sentir uma paz interior estranha. Sentir que uma porta que foi deixada aberta há meses finalmente se está a fechar. É quase surreal a maneira como eu sei o que ele sente, porque me sinto igual. É como se fosse eu. E por isso sei que estamos bem. E sei que hoje ele não me odeia, hoje pelo menos. E sei que não ficou muito para ser dito. E sei que não ficou nada para ser feito. E sei que talvez ele achasse que eu fosse ficar menos bem, mas eu estou tão bem. A disfrutar da paz interior que se acumulou no meu espírito. Nem tenho definição para o que sinto. É a carne da minha carne, pele da minha pele. É tão natural que estranho se torna. Não há grandes coisas a dizer. As confusões todas ficaram para trás. Tinha saudades de me divertir, porque me divirto sempre com ele e mais, saudades de simplesmente estar. O tempo parado no limbo, mais do que no limbo, o João é o crepúsculo, eu sou o crepúsculo, só isso. E não quero que se sinta culpado. Não quero que se arrependa de algo que "nunca" aconteceu. Não quero que se sinta culpado, olhar-me-ia com outros olhos, detestaria isso. Porque significou nada, e não é intenção de nenhum de nós mudar o que está resolvido.

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