quinta-feira, 9 de março de 2017

Sinto-me tão desmotivada com este semestre. Não percebo a quantidade parva de trabalhos que temos para fazer, não gosto de nenhuma cadeira em especial, não vejo o sentido das cadeiras, sinto que estou a repetir cadeiras porque estou a dar a mesma matéria uma e outra vez. Entretanto estive a trabalhar num evento e entendo a minha sede de querer ir trabalhar e fazer aquilo que realmente quero em vez de estar a lidar com todas estas coisas. Sei que quero aprender mais sobre pessoas, lidar com o público, perceber a relação humana que existe e as relações interpessoais e tornar-me em certa parte um "hipnotisador" de pessoas, entender os tiques e as formas de reação. Passei cinco dias tão intensos e bons, mal parava em casa, não tinha tempo para pensar e acordava animada para ir fazer o meu trabalho. Mesmo nos momentos mais inesperados, eu adoro poder fazer o meu trabalho e estar a trabalhar na minha formação através da prática. Tive imensos vislumbres da Tall Ships, sentir-me no meio da confusão, não ter tempo para mais nada. Hoje acordei exausta e nostalgica do ontem. Não me apetece voltar á minha rotina, não me apetece voltar á faculdade, fazer testes e trabalhos hipotéticos idiotas quando tudo o que tenho a aprender está fora da faculdade. Percebi o quão "selvagem" o meu espírito é, o quão livre quero ser e o quão bem estou a lidar com toda a gente. Lembrei-me de algo que o João me ía dizendo, ou queria dizer, porque não me lembro em si das palavras correctas, mas sim, eu sou muito livre, muito "vida loca" talvez. E eu adoro isso, é o que me faz feliz. É tudo o que eu quero. Apesar de o estar a imaginar a dizer: "Não era nada disso que eu queria dizer. Noção, Joana." (desistindo da conversa, revirando os olhos, suspirando e quase a chamar-me de burra quando ele é das piores pessoas a transmitir o que pensa por usar demasiadas figuras de estilo), estou a rir-me ao imaginar a cara dele. Pensar nisto fez-me sorrir assim de repente, não por saudade, mas por perceber que adoro a minha vida e que dei demasiado importância ás palavras dele na altura e que me deixei ficar demasiado ofendida, mas que agora sinto falta da amizade que tínhamos e que gozaria com a forma de reação dele. "Eu só queria provar que nunca me engano". Ele não precisa de entender, transcende-o.

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