Existe de facto uma força de alguma espécie a crescer dentro de mim. Não sei o que é, mas o meu medo de a perder é neste momento a maior das minhas preocupações. Registo o meu progresso emocional relembrando os relatos passados do colapso que me fez parar durante 2 anos. Vejo-me a crescer e a florescer após um Inverno frio. Lembro-me da analogia da orquídea, um dos posts passados e penso que efetivamente eu fui a orquídea resistente do escritório, que apesar da falta de sol, que provocou um grande desgaste nas minhas folhas e não me deixou criar flor, ou até mesmo raiz, consegui esperar, esperar pelo sol para poder crescer livremente.
Aposto no futuro com pequenas constantes de presente. O passado guia-me. Ensina-me a não pisar armadilhas, ensina-me a saltar obstáculos. Daí o meu medo grotesco de perder a confiança, de ficar coxa novamente. Acontece-me a toda a hora, quando esse medo me tolda o julgamento eu fico cega. Fico perdida e é me difícil ver a luz. Sei que são ainda sinais de clara instabilidade... Talvez todo este contentamento não passe de um pico, um pico duradouro que brevemente há-de cair. Eu vou voltar a cair mas não quero e não mereço, daí o meu receio.
Espero então que alguém ou algo venha, e me roube a felicidade que me é devida, não por pessimismo, mas por hábito.

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