quinta-feira, 3 de outubro de 2013

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Já lá vão uns tempos desde que digo alguma coisa. Hoje mexi aqui numas coisas velhas e ganhei um pouco de nostalgia (só um pouco não mata) e até senti falta dela. Não que tenha saudades. Não, nada disso. Mas sabe bem olhar para trás e verificar que efetivamente esses momentos passaram, não foram apenas ilusões. Eles aconteceram de verdade e pela primeira vez consigo olhar para trás, para as memórias, e consigo não sentir-me superior. Sou igual. Era igual. Não sei que tempo impregnar nesta afirmação, talvez os dois me esclareçam. Já passaram uns meses desde que iniciei a minha "nova" vida. A vida perfeita. Não. Não é de todo tão perfeita, eu ainda sou uma folha de papel amachucada apesar de já não ter tantos vincos. Não me sinto só, o que é bom. Também não me sinto demasiado "acompanhada" (sim, agora é a minha definição para o facto de não ter "tantos amigos" para confiar). Por isso estou normal.
Saltar de um carro em andamento tem destas coisas, temos de esquecer, assentar e começar a construir bases, a criar raízes. Posso finalmente dizer que estou a criar raízes. Antes não estava preparada para isso, já não estava magoada, mas sim cheia de raiva, de ódio, mesquinhez até. Devia estar mesmo magoada para me sentir tão superior aos outros, para ser tão cruel. Já não me sinto superior, fico-me pelo sortuda. Tive sorte por saltar do barco a tempo. Agora esta fase de (re)construção é que é mais monótona mas eu sei que em breve tudo vai passar, devagar eu consigo, até porque até consigo desfrutar desta paz antes de entrar numa nova fase de auge (se é que lhe posso chamar auge).

Beijinhos
Joana Nunes

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