Último dia no spot...

Hoje, foi o último dia, o último dia. Aquele dia que eu há cinco anos atrás não via nem por nada deste mundo, foi ao olhar para o nosso cantinho no campo, aquele cantinho que nos pertence por direito há já dois anos, aquele cantinho cinzento e duro, que fizesse chuva ou sol nós estariamos lá, aquele cantinho que sempre que chegava á escola eu já esperava lá vos  encontrar e dizer-vos: Olá! Tudo bem?

Esse tempo terminou, já não vai haver mais cantinho onde nos encostavamos uns aos outros, onde choravamos, ríamos, dançavamos, saltavamos, cantavamos, brincavamos e punhamo-nos ás cavalitas uns dos outros. Lembram-se? Lembram-se das nossas idiotices? Hahaha fomos tão felizes ali!
Agr dizemos um adeus, com o nome da nossa turma, escrito naquela pedra escura e esboracada, no campo central da nossa escola, onde fomos tão parvos, mas tão, tão unidos...

Apesar de dizer-mos adeus aquela escola, prometi lá voltar, prometi ir ver as pessoas que eu adoro, prometi passar lá horas a olhar e com saudade, recordar tudo o que lá passei, quando me abracei á DT, aiiii, quando me abracei à DT passou-me o tudo e o nada na cabeça, foi como se o resto do mundo parasse, como se a música deixasse de tocar, como se as pessoas deixassem de rir, como se apenas uma brisa  suave passasse por mim e levasse  todas as discussões e trouxesse uma lágrima ao canto do meu olho, depois outra e assim sucessivamente, a stora agarrou-me e fez me prometer que lá voltaria, assinou a minha t-shirt e foi se embora, não chorou mas notei um brilhinho nos olhos dela, um brilho como se quisesse chorar também ali comigo. 

Vou sentir a falta de tudo, do bom é do menos bom... Respirar aquele ar, naquela escola, que me fazia sentir segura, que me fazia sentir idota, o que sempre foi tão reconfortante. A minha maior questão? Onde vou eu? O que farei? Sinto-me desamparada e tenho tanto medo, tanto receio a borbulhar no meu estômago, e na minha mente,  espero alcançar a paz, a calma e assim poder seguir para a frente.