quarta-feira, 22 de abril de 2015

Estou no mar, na praia, completamente sozinha, estou a sentir as ondas leves e frias. Com as minhas mãos tento palpar a água mas esta é quase tão imaterial como o ar. É fresca, é límpida. A minha cabeça afunda-se e quando volta á superfície eu tenho menos dez anos em cima. Porque estava preocupada? Não sei. No fim a minha pele seca ao sol, os meus cabelos ganham uma textura encaracolada e um tom arruivado e os meus olhos tornam-se verdes no contraste da minha face vermelha. Eu sinto o peso do sal no corpo, sinto a pureza da substância a tocar na minha pele, a secá-la e a ressecá-la. Que dor boa, que prazer. 

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