Estou numa batalha contra o vazio. Durante 2 anos não senti amor por uma única alma. Eu pedi este vazio. Pedi independência, emancipação. Eu tive.
Já tive tanto disso que agora preciso de me encostar a alguém e deixar-me levar. Confiar cegamente. Tenho sede de amor. Imagino e invento atrações e químicas, faço um drama, acho que finalmente estou a encontrar-me e depois: Vazio. Buraco escuro. Poço sem fundo.
E não sei o que fazer. Sou eu perdida. Sou eu.
O que me incomoda é não ter nenhum amigo para falar sobre isto. Quem é que me leva a sério? Ninguém. Sinto-me tão sozinha.
Estou deitada numa cama de gelo. Fui eu que a fiz. Eu congelei o meu coração. Preciso que deixe de ser tão frio. Já não quero ser a orquídea sentada na janela do escritório que sobrevive ao Outono, ao inverno, ao frio, á chuva, aos dias cinzentos.
Eu não peço por "uma" paixão. Peço pelo menos paixão pela minha vida. Amar o que faço desde que acordo até que me deito. Sou infeliz do meu jeito.
Consegui fazer o impossível: partir o meu próprio coração.
Palmas. Palmas. Palmas.
Palmas para mim.
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